Por mais de um século, a Quiropraxia trata com sucesso os sintomas
associados à hérnia de disco e desgaste da coluna vertebral. Para resolver os
sintomas é necessário entender um pouco mais sobre o funcionamento da coluna.
A coluna é formada por 24 vértebras mais o sacro, o cóccix e os
dois ílios, que são responsáveis pelo suporte, mobilidade e proteção do corpo.
Entre cada dois ossos existe um disco cartilaginoso que funciona como
amortecedor e também ajuda na mobilidade e proteção. O estresse de nossa vida,
as quedas, grandes e pequenas, má postura, má alimentação, traumas do esporte,
etc, geram estresse e desalinhamento das vértebras, que sobrecarregam os
discos, fazendo com que um ou outro perca sua integridade e “saia do lugar”.
Isso é uma protrusão discal. Quando o alinhamento da coluna não é restaurado, a
pressão continua em cima dos discos e, com o tempo, movimentos errados podem
resultar em uma hérnia de disco ou “protrusão maior”.
Mesmo quando os discos estiverem com hérnia, não quer dizer que
seja um caso perdido. Basta remover o que está pressionando o disco para que
ele possa ficar mais folgado. O próprio corpo com o tempo vai “secando” o disco
até o ponto em que ele não possa mais incomodar.
Normalmente a hérnia de disco não causa nenhum sintoma. Existem
pesquisas que mostram que entre 70
a 80% dos adultos têm hérnia de disco e não sabem o
porquê. Nestes casos, o disco escapou do seu lugar, mas não chegou a agredir o
nervo. Outras vezes, os discos são pressionados demais e começam a afetar os
nervos que se localizam por perto, causando dores, principalmente “ciática”, ou
seja, inflamação e dor no nervo ciático que passa da coluna lombar até o pé.
Lembrando que essas hérnias são causadas por anos de estresse, é
importante lembrar que a “cura” correta é mudar os hábitos que criaram esse
problema, além de corrigir os sintomas. Tomar medicamentos que “mascaram” os
sintomas, sem corrigir o problema, é como desligar o alarme da casa sem tirar o
ladrão. Na maioria dos casos, a cirurgia é desnecessária. Assim como os
medicamentos, a cirurgia corrige os sintomas sem lidar com a causa, que foi o
desalinhamento da coluna vertebral.
O tratamento quiropráxico, quando feito por um profissional
qualificado, pode corrigir o alinhamento da coluna, aliviando a pressão sobre
os discos e restaurando o equilíbrio do corpo. No momento em o nervo fica mais
folgado, pára de passar o sinal de dor e a pessoa pode retomar suas atividades
normais.
A próxima fase é um processo interno do corpo, que acontece sem
que o “dono” perceba, ou seja, o corpo começa a cicatrizar e, o mais
importante, “secar” o disco para que ele não avance em áreas a que ele não
pertence. De fato, o disco, em um caso avançado, não consegue cumprir mais sua
função, mas o corpo toma outras medidas de compensação. As vértebras acima e
abaixo do disco criam osteófitos ou os famosos “bicos de papagaios”. Estes não
são nada mais do que uma calcificação dos ligamentos (no raio-x parece que as
vértebras estão crescendo) com a intenção de firmar a articulação. A
conseqüência principal deste processo é menor mobilidade nesta região do corpo,
que normalmente não é uma restrição que se perceba no dia a dia. Portanto,
lembre-se que cirurgia normalmente não é necessário, basta direcionar e apoiar
o corpo nesta fase para que o paciente possa viver sua vida e manter atividades
diárias normais durante a cicatrização da hérnia.
Além disso, todos nós profissionais, que trabalhamos na área da
saúde, devemos mostrar ao paciente um caminho mais saudável, para evitar assim,
problemas no futuro.
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