A dor crônica, principalmente a das costas, pode reduzir de forma irreversível o tamanho do cérebro, sugere um estudo publicado nos Estados Unidos.
Pessoas que sofrem de dor crônica nas costas por um ano podem apresentar uma redução na substância cinzenta do cérebro.


Agora, neste novo estudo divulgado pelo "Journal of Neuroscience", a mesma equipe diz que algumas das alterações poderão ser irreversíveis. E mais: elas podem tornar ineficaz o tratamento da dor.
Se a teoria se confirmar, torna-se ainda mais importante tratar a dor na fase inicial para evitar quaisquer alterações permanentes, disse Vania Apkarian, coordenadora do estudo.
Os pesquisadores compararam 26 pacientes que sofriam de dor crônica nas costas com 26 voluntários saudáveis. Os pacientes com dor tinham vários diagnósticos diferentes envolvendo o sistema musculoesquelético com radiculopatia (dor irradiada, entorpecimento e agulhadas causadas pela compressão das raizes nervosas na coluna). A diminuição normal da substância cinzenta em indivíduos normais é da ordem de 0,5 por cento por ano; entretanto, os investigadores descobriram que nos sofredores crônicos a diminuição encontrada foi de 11 por cento por ano. Além do mais, quanto mais tempo o quadro doloroso, mais substância cinzenta foi perdida.
Os pesquisadores concluíram "que dor crônica nas costas (mantida por pelo menos 6 meses) é acompanhada por um desequilíbrio da química normal de cérebro... implicando em perda de neurônios e disfunção nesta região, além de redução na capacidade cognitiva numa tarefa que implica no processamento da área pré-frontal."
Embora pesquisas adicionais sejam necessárias, as conclusões deste estudo devem servir de aviso para aqueles que sofrem de dores crônicas, chamando a atenção para que procurem cuidado profissional o quanto antes.
O tratamento quiroprático apresenta grande eficiência no tratamento do sistema musculoesquelético, e das dores nas costas!

Maneira como cérebro responde a emoções pode prever surgimento de dor Crônica diz outra pesquisa.

O estudo se baseou nos dados de 39 pessoas que sentiam dores na região lombar há ao menos um mês e até quatro meses antes de a pesquisa começar. Nenhum desses indivíduos havia tido problemas de dores nas costas antes. No início do trabalho e mais outras três vezes durante um ano os participantes passaram por avaliações nas quais fizeram exames de ressonância magnética e relataram a intensidade da dor. Após 12 meses, 20 pacientes haviam se recuperado e os outros 19 foram classificados como portadores de dor crônica.
Os autores concluíram que, entre os pacientes que desenvolveram dor crônica, a comunicação entre essas duas regiões do cérebro foi muito maior — ou seja, o cérebro reagiu de maneira mais intensa à lesão inicial — do que os outros participantes. Além disso, essa maior comunicação foi demonstrada desde o começo da pesquisa, o que mostra que essa característica pode ajudar a prever se uma pessoa vai ou não ter de conviver com a dor por um tempo prolongado. Segundo os pesquisadores, os próximos passos da equipe serão novos estudos que busquem, com base nessas constatações, novas terapias para tratar a dor crônica.
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